Como pode um quadro, um retábulo, uma música ou um espectáculo desenvolver o nosso conhecimento?



Admirar obras de arte é uma forma de compreender melhor o que os indivíduos produzem, e a realidade que narram. Segundo Goodman “Dom Quixote, tomado literalmente, não se aplica a ninguém, mas tomado figurativamente, aplica-se a muitos de nós”. Por isso, “ perguntar se uma pessoa é um Dom Quixote (quixotesca) ou um Dom Juan é uma questão tão genuína como perguntar se uma pessoa é paranóide ou esquizofrénica, é mais fácil de decidir”.
A arte opera de forma simbólica, não exacta e alegórica. Para melhor compreender as manifestações humanas, os historiadores e sociólogos preocupam-se pela arte de uma determinada época ou cultura.

Este blogue tem por objectivo dar a entender esta interacção entre a arte e o conhecimento, e de que forma as ostentações humanas repercutem-se ao longo dos anos e séculos.
O ponto de partida deste espaço, são os Séculos XVII e XVIII, nomeadamente pretende-se abordar a vida de uma corte, rodeada de riquezas, luxos, extravagâncias e exibições, e a repercussão estética-ideológica que esta deixou como herança nas gerações vindouras. Pretende-se assim analisar globalmente a antícope deixada por este movimento desde o seu apogeu até as réstias que se podem encontrar deste nos dias de hoje, tentando assim elaborar um paralelismo ideologicamente estético desde que surgiu o movimento social em si, até à nossa actualidade.

TEMPO - Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV

A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) iniciou-se na região da Boémia, no Sacro Império Romano Germânico, em 1618, envolvendo luteranos e católicos. Os séculos XVI e XVII na Europa foram marcados por "guerras de religião", que na verdade traduzem as diversas disputas políticas e os interesses económicos existentes.

A Europa do século XVII encontrava-se numa nova configuração onde várias nações tinham o interesse em ampliar seus poderes na Europa , através de conquistas de novos mercados e territórios. Contudo, o despertar da concorrência entre as várias monarquias centralizadas, acentes entre a Idade Média e a Idade Moderna, provocou vários conflitos e guerras. Foi nesse contexto que observamos a ocorrência da Guerra dos Trinta Anos, desenvolvida entre 1618 e 1648.














Morte de Gustavo Adolfo na Batalha de Lutzen



Cronologia dos Principais Eventos


1618 a 1620: Foi derrotada uma revolta na Boêmia contra a regência da Áustria. Ainda assim, alguns príncipes protestantes continuaram a sua luta contra a Áustria;

1625 a 1627: A Dinamarca entra na guerra ao lado dos protestantes;
1630: O rei Gustavo Adolfo da Suécia intervém ao lado dos protestantes, invadindo o Norte da Alemanha;

1631: O comandante das forças católicas, Tilly, ataca Magdeburgo;

1632: Tilly foi derrotado em Breitenfeld e no rio Lech, tendo sido morto. O general alemão Wallenstein foi derrotado na batalha de Lützen, onde Gustavo Adolfo morreu;

1634: Quando os suecos foram derrotados em Nördlingen, Richelieu fez com que a França entrasse na guerra com o objetivo de infligir várias derrotas à Espanha, aliada da Áustria. Wallenstein é assassinado.

1648: A Paz de Vestefália deu a Alsácia-Lorena à França e algumas províncias bálticas à Suécia, tendo a autoridade imperial na Alemanha ficado a ser apenas nominal. Os exércitos mercenários de Wallenstein, Tilly e Mansfeld devastaram a Alemanha.

0 comentários:

Enviar um comentário

Livros e Filmes


Filme: Maria Antonietta

Filme:Le Roi Dance

Filme: O poder da arte

Filme: A Rapariga com Brinco de Pérola

Livro: Burguês Fidalgo/Sganarelo Autor: Molière