Como pode um quadro, um retábulo, uma música ou um espectáculo desenvolver o nosso conhecimento?



Admirar obras de arte é uma forma de compreender melhor o que os indivíduos produzem, e a realidade que narram. Segundo Goodman “Dom Quixote, tomado literalmente, não se aplica a ninguém, mas tomado figurativamente, aplica-se a muitos de nós”. Por isso, “ perguntar se uma pessoa é um Dom Quixote (quixotesca) ou um Dom Juan é uma questão tão genuína como perguntar se uma pessoa é paranóide ou esquizofrénica, é mais fácil de decidir”.
A arte opera de forma simbólica, não exacta e alegórica. Para melhor compreender as manifestações humanas, os historiadores e sociólogos preocupam-se pela arte de uma determinada época ou cultura.

Este blogue tem por objectivo dar a entender esta interacção entre a arte e o conhecimento, e de que forma as ostentações humanas repercutem-se ao longo dos anos e séculos.
O ponto de partida deste espaço, são os Séculos XVII e XVIII, nomeadamente pretende-se abordar a vida de uma corte, rodeada de riquezas, luxos, extravagâncias e exibições, e a repercussão estética-ideológica que esta deixou como herança nas gerações vindouras. Pretende-se assim analisar globalmente a antícope deixada por este movimento desde o seu apogeu até as réstias que se podem encontrar deste nos dias de hoje, tentando assim elaborar um paralelismo ideologicamente estético desde que surgiu o movimento social em si, até à nossa actualidade.

LOCAL - PORTUGAL - A Arquitectura do Real Edifício



Ler mais: http://estudogeral.sib.uc.pt:8080/dspace/bitstream/10316/9753/1/APimentel.pdf

LITERATURA - Rapariga com Brinco de Pérola - Tracy Chevalier

Rapariga com Brinco de Pérola de Tracy Chevalier


As pinturas de Vermeer, conhecido pintor da Época de Ouro Holandesa, são conhecidas pelas cores transparentes, pelo cuidado na composição e pelo uso da luz, supondo-se que usava um jogo lentes para observar os objectos. Pintava essencialmente retratos, sendo que um dos mais conhecidos é “Rapariga com Brinco de Pérola”. O que terá dado origem ao quadro e a proveniência da rapariga são questões que permanecem em aberto – pensa-se somente que não terá tido como objectivo ser um quadro vulgar e convencional.

Aproveitando a lacuna histórica em torno do quadro, Tracy Chevalier escreve um romance histórico, adoptando o mesmo nome do quadro. A jovem seria uma criada protestante, cuja família protestante cai na pobreza e na miséria. Griet ter-se-ia visto assim obrigada a servir em casa do pintor católico. Tímida e trabalhadora, mas fascinada pelo ambiente artístico, pelas cores e tintas, pela criatividade, a jovem oscila entre o encanto e sedução de Vermeer e a vida puritana ao lado do filho do homem do talho. Assediada pelo mecenas do patrão, e fugindo das más-disposições da esposa do pintor, Griet vai cumprindo obedientemente as suas tarefas.


Embora muito agradável de ler, penso que as diversas críticas positivas me criaram expectativas demasiado elevadas que acabaram por não ser satisfeitas pelo livro. A história está engraçada mas simples – não incluiria entre as grandes obras, nem entre os melhores romances históricos, como foi tantas vezes referido.
Texto de: Cristina Alves

LITERATURA - Memórial do Convento - José Saramago

Memorial do Convento de José Saramago

É um dos mais populares romances de josé Saramago. Publicado em 1982 a acção decorre no início do século XVIII, mais propriamente durante o reinado de D. João V. Este rei absolutista gozou da enorme quantidade de ouro e diamantes vindo do Brasil e mandou construir um célebre Convento na localidade de Mafra, em resultado de uma promessa que fez para garantir a existência de herdeiro.

http://www.aepoiares.edu.pt/Biblioteca/TrabalhosAlunos/MemorialdoConvento.pdf

ARTE- A Evolução da Paisagem até ao Barroco

ARTE- O Retrato Barroco

REMBRANDT VAN RIJN (1606-1669)




Rembrandt pintou retratos de grupos de pessoas, cujos personagens tinham maior ou menor importância, de acordo com a luz.
Na sua expressão realista, retratava a essência da pessoa, o calor humano, o sofrimento, a dor. Não idealizava.
Pintava os olhos penetrantes e fundos, utilizando os tons de sépia. Colocava primeiro todos os ocres, depois os marrons e os amarelos. Cada aluno só pintava com uma cor, por exemplo, o ocre ou o marrom. Isso determinava aquela luminosidade. No final do trabalho ele integrava as cores e as pinceladas.








Video:
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 1/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 2/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 3/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 4/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 5/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 6/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 7/8
Simon Schama's Power of Art: Rembrandt 8/8

PETER PAUL RUBENS (1577-1640)


Pintava o que era faustoso. Sua pintura era vigorosa, sensual e teatral. Abriu uma oficina de arte com 200 auxiliares. Cada um era encarregado de uma especialidade na pintura, como roupas, jóias, cabelos. Ele fazia o desenho e depois terminava o quadro pintando o rosto e as mãos, dando uma unidade geral à obra. Com isso, ele produziu milhões de obras. Rubens pintava os palácios e as igrejas. Era uma arte que estimulava a pompa e o esplendor dos ambientes barrocos.
Nasceu na Antuérpia, Bélgica, filho da classe média bem situada.
Tinha muita facilidade com os nus. Era especialista em fazer o tom de pele (carnação).







JOHANNES VERMEER van DELT (1632-1675)


Em Delft, na Holanda, nasceu Vermeer.
Atribui-se a sua autoria menos de 35 pinturas, que não puderam ser datadas com segurança até hoje. Essa escassa produção deve-se à meticulosidade e lentidão com que pintava seus quadros que, apesar de bem valorizados, foram insuficientes para quitar suas dívidas e garantir o sustento de seus muitos filhos – mesmo sendo ele que desenvolvia as atividades de comerciante e avaliador de obras de arte, paralelamente ao trabalho de atelier.
A representação da vida doméstica era seu tema básico. As imagens criadas por Vermeer costumam apresentar um momento íntimo de uma ou duas figuras no interior de suas habitações em um momento iluminado do dia.

Sua técnica era de extremo naturalismo nas representações das texturas e do brilho de materiais preciosos, e seus quadros são concebidos numa tonalidade clara e num cromatismo intenso e harmônico.

O resultado desse domínio artístico e intelectual na elaboração de seus quadros é a simplicidade surpreendente na percepção do conjunto. O que há de mais singelo em nosso cotidiano, aos olhos de Vermeer, transforma-se em algo de forte carga espiritual, tanto em suas pinturas de gênero, como em suas poucas obras de paisagem.

Nos dias de Vermeer, os pintores trabalhavam nas guildas (corporações de ofícios). A pintura não era considerada realmente uma arte, mas um artesanto, como a tecelagem. Os pintores vendiam seu trabalho ao aristocrata rico.Vermeer pintou uma série de retratos, freqüentemente caracterizados com efeitos artísticos, tais como a queda da luz em telas finas, na pele macia, ou em um brinco de pérola. A inexistência da devoção a imagens nos cultos protestantes desvinculou a Arte da Igreja. Além disso, a ausência, nas Províncias Unidas, de uma cultura palaciana, propiciou o desenvolvimento de uma arte mais singela e de temáticas do cotidiano da classe média, diferente da monumentalidade e dos temas eruditos (históricos e mitológicos), praticados em países mais ao sul da Europa. O desenvolvimento de um forte comércio interno e internacional e da indústria artesanal enriqueceu a classe média, em especial os comerciantes e industriais. Essa burguesia rica concentrava o poder político e econômico, e determinava o gosto por temáticas artísticas do cotidiano. A opulenta classe média holandesa encomendava quadros para decorar suas casas e o tamanho das pinturas teve que ser adequado à escala dessas habitações – as grandes dimensões, comuns em quadros da corte, ficaram destinadas apenas aos prédios públicos.

textos: lilimachado
video: o retrato no barroco


ARTE - Moda no Barroco

O Século XVII

No Século XVII a França, influenciará a moda nos demais países da Europa.A figura máxima é a do rei, segundo os princípios absolutistas.

Luí XIV, rei de França, é considerado por muitos autores o inventor do luxo, pois deixou-nos um legado de símbolos de status e sofisticação, durante o seu reinado, nomeadamente:


  • Os perfumes
  • Os diamantes

  • O champagne

  • A gastronomia

  • Os sapatos de salto-alto

  • Os salões de cabeleireiros, assim como dos primeiros criadores da alta-custura



Para Luís XIV ostentar o luxo era uma forma de poder. A França soube utilizar muito bem esse poder de sedução para influenciar outros países. As criações da corte francesa eram desejadas e disseminadas por toda corte Europeia.



A figura do seu primeiro-ministro Jean-Baptiste Colbert foi responsável pela criação de um dos primeiros jornais de moda, o Mercure Galant, que trazia informações das roupas francesas e ainda instituiu o conceito de rotatividade de colecções por estação, que é mantido até hoje.




O vestuário masculino estava assim definido:

  • O Rhinegrave, uma espécie de calção-saia

  • Colete justo

  • Perucas compridas

  • Sapatos com salto pequeno

  • Os justaucorps

O vestuário feminino era composta basicamente por:

  • Vestido com corpete em "V" e saia ampla

  • O manteau

  • Penteado fontange
  • Sapatos altos



Tanto no vestuário feminino como masculino deste período veremos uma utilização excessiva de laços, fitas, amarrações, rendas e babados.


Século XVIII

As novas concepções de pensamento, advindas do Iluminismo, e as correntes artísticas do Barroco e Rococó, marcam fundamentalmente o Século XVIII. O retrato do momento é o de uma aristocracia ociosa, que levava uma vida extremamente luxuosa.
A imagem da rainha Maria Antonieta, da França, é extremamente associada a esse período, devido à sua contribuição para mudanças no comportamento e no estilo da época, com suas extravagâncias. Pode ser considerada a maior mecenas cultural da época.
E é em função dela que surge a primeira figura de um costureiro ou criador.
Rose Bertin era responsável pela criação de seus vestidos e adereços. Há também aqui a imagem muito forte do que viria a ser o cabeleireiro.
De um modo geral copiava-se o que era lançado na Corte de Versalhes:
  • Vestidos amplos, volumosos e pregueados, alguns em forma de saco
  • Corpetes mais folgados
  • As panniers e as farthingales na armação das saias
  • Penteados exuberantes e altíssimos, com enchimentos e elementos decorativos
  • Maquiagem empoada e mosquettes
  • Chápeus enormes e com muitas plumas de animais nobres

O vestuário masculino tinha a seguinte estrutura:

  • Casaco (justaucorps) ajustado na cintura
  • Coletes bordados
  • Calções extremamente justos
  • Lenços originados das golas da chemise, muito volumosos, no pescoço
  • Maquiagem empoada com mosquettes

A história do Traje da idade Média ao Barroco

ARTE - A Pintura de Caravaggio

Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571- 1610)


Pesquisas recentes concluem que Michelangelo Merisi é de origem milaneza, mas para fugir da peste que assolava a cidade, na época, a família transferiu-se para Paço Bianco di Caravaggio, uma pequena aldeia da região, cujo nome acabou adotando e que ainda hoje gera confusões quanto ao local do seu nascimento.

Com Caravaggio inicia-se o barroco italiano e o melhor epíteto para esse artista é: "mestre das luzes e das sombras", definição que também incorporou em sua existência pela forma turbulenta e tempestusosa que a viveu.O menino Michelangelo, filho do artesão e mestre de obras Fermo Merisi, órfão aos 11 anos, emprega-se como aprendiz, nessa época, no ateliê de Simone Peterzano, que se dizia discípulo de Ticiano, em Milão, como uma forma de ocupar o seu tempo e livrar-se da vadiagem, já que não queria frequentar a escola e vivia metido em brigas de rua.


Era o chamado período da contra-reforma e o clero católico investia na construção de templos, para barrar as ideias da reforma de Martinho Lutero, gerando trabalho para pintores e construtores. E aí se encontra Michelangelo Merisi da Caravaggio, ou simplesmente, Caravaggio, nome que adotou nessa época.Os primeiros trabalhos com a sua marca, usando contrastes de luz e sombras que provocam efeitos dramáticos, definido com o nome de tenebrismo, aparecem na igreja de San Luigi dei Franchesi e na Capela de Contarelli, esta com cenas da vida de São Mateus. O artista não gozava de unamimidade, pois suas pinturas eram consideradas realistas demais para os padrões da Igreja. Caravaggio usava como modelos pessoas comuns encontradas nas ruas, nas feiras e nas tavernas e defendia a idéia de que os personagens bíblicos eram pessoas iguais a quaisquer outras.As suas obras de temática religiosa incluem pinturas como "Invocação de São Mateus", "A Ceia em Emmaus", "A Conversão de São Paulo", "A Degolação de São João Batista", "O Repouso no Egito", "A Crucificação de São Pedro", dentre várias. Além destas, tem também a obra mundana, resultado de encomendas, onde tratou os temas de forma a chocar o chamado "bom gosto" da época, o que o classifica como primeiro "pintor maldito" da história da arte.


Exemplo disso é o escândalo provocado pela tela "Baco" (1597), onde o deus do vinho e das orgias para os romanos, e Dioniso para os gregos, é retratado como se fosse um travesti, com traços de gueixa japonesa, o corpo levemente inclinado e insinuante a oferecer uma taça. No "Baco doente" (1593), que seria um auto-retrato, se tem uma figura de traços debilitados, com um cacho de uvas nas mãos, mas ainda assim, insinuante. Também é de sua autoria a mais divulgada representação da lenda de Narciso, em tela de 1598.Caravaggio tinha temperamento violento e génio tempestuoso. "Perito no pincel como na espada, foi um homem turbulento, socialmente rebelde e artisticamente livre. Um precursor". Não dispensava uma briga e foi preso diversas vezes. Certa feita recusou-se a pagar um jogo perdido, e na discussão com o opositor, um certo Ranuccio Tommasoni, feriu-o e este acabou morrendo. Para evitar a prisão começa o período errante de sua vida, passando por Nápoles, Malta, Siracusa, Messina e Palermo, sempre em fuga devido a desavenças e perseguições.


Por diversas vezes conseguiu, com a ajuda de protectores, fugir das prisões, a última delas em Malta, quando cumpria pena por desavenças com um poderoso do lugar. Consegue chegar a Nápoles, mas, perseguido por mandantes do poderoso maltês, é localizado e ferido a espada. Debilitado pela malária contraída na prisão e ainda não recuperado dos ferimentos recebe a notícia de que teria o perdão papal e poderia retornar à Roma. Tenta deixar Nápoles por via marítima, mas acaba falecendo na praia, antes de completar 40 anos de idade.A história de sua vida foi contada em filme por Derek Jarman, com o título "Caravaggio", de 1986.

Fonte: Génios da pintura, vol. 28, Abril Cultural, 1980
Michelangelo Merisi da Caravaggio - O poder da Arte

ARTE - A Escultura Sob o Signo do Pathos

Gian Lorenzo Bernini (1598-1680)


Um dos pioneiros da arte barroca, juntamente com seu rival Francesco Borromini, Bernini é autor de inúmeras obras célebres, entre as quais se destaca o baldaquino da basílica de São Pedro em Roma.

Escultor, arquiteto e pintor italiano, Gian Lorenzo Bernini nasceu em Nápoles em 7 de dezembro de 1598. Estudou em Roma com o pai, também escultor, e em 1616 já dava mostras de seu talento no grupo "Enéias, Anquises e Ascânio fugindo de Tróia".

As primeiras esculturas de Bernini já eram altamente revolucionárias pelo movimento, os valores tácteis e a expressão dos rostos. Por encomenda do cardeal Borghese, realizou várias obras num estilo independente que representava uma reacção contra os conceitos da estatuária renascentista então em voga. Entre esses trabalhos destacam-se "David lançando a pedra" (1619), "O rapto de Prosérpina" (1621) e "Apolo e Dafne" (1623), hoje na Galleria Borghese, em Roma. O "David", no mesmo museu, retratado no ato de lançar a pedra, tem o mérito de envolver o espectador na acção, característica que lhe marcou outras obras.Matteo Barberini, eleito papa em 1623 com o nome de Urbano VIII, foi o maior patrono de Bernini.


Durante seu pontificado, o artista criou o baldaquino de São Pedro (1624), as fachadas da igreja de Santa Bibiana e do palácio Propaganda Fide (1627), o projecto dos campanários da basílica de São Pedro. Essa estrutura simbólica, montada em bronze sobre o túmulo do apóstolo Pedro, constitui uma nova fusão de escultura e arquitectura e, pela perfeição de suas proporções, serve de mediador entre o visitante e as dimensões gigantescas da basílica. Da mesma época datam inúmeros túmulos e fontes, como a da Barcaccia, na Piazza di Spagna, em Roma. Além disso, pintou, fez gravuras e escreveu para o teatro.Em 1644 morreu Urbano VIII, que foi sucedido por Inocêncio X. Bernini perdeu seu privilegiado lugar no Vaticano para o rival Borromini. Estava então trabalhando no grupo "A verdade descoberta pelo tempo", em alusão à injustiça das perseguições que lhe foram movidas, mas que ficou inacabado.Em 1647 Bernini completou, na capela Cornaro da igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma, o "Êxtase de santa Teresa", um dos pontos altos da escultura barroca. Pouco depois reconciliou-se com o novo papa, que lhe encomendou a "Fonte dos quatro rios" (1648-1651), peça central da Piazza Navona, também em Roma.


Em 1656, já no pontificado de Alexandre VII, projetou a colunata da praça de San Pietro, a igreja de Sant'Andrea al Quirinale e a escada régia do Vaticano.Na basílica de São Pedro há outras obras notáveis de sua autoria, como o túmulo de Urbano VIII (1628-1647), que mostra o papa sentado, o braço alçado em gesto de comando. Abaixo, ladeando o sarcófago de bronze, encontram-se duas virtudes em mármore branco, a Caridade e a Justiça. Por cima do sarcófago a figura da Morte parece escrever o nome de Urbano numa folha. Outro famoso túmulo é o de Alexandre VII (1671-1678), executado porém, em grande parte, por seus discípulos.A fama do escultor e arquitecto ultrapassou as fronteiras da Itália. A convite de Luís XIV, Bernini passou algum tempo em Paris. Seus projetos para a fachada do Louvre não chegaram, no entanto, a ser executados.


Da sua estada na França só ficaram um busto de Luís XIV, vários desenhos e a estátua eqüestre do rei francês. Em seus últimos anos Bernini restaurou a ponte do castelo de Sant'Angelo (1667-1669), para a qual criou uma série de anjos amargos e dolentes.Bernini foi durante mais de dois séculos desprezado pelos académicos e classicistas e considerado o melhor exemplo do mau gosto e da monstruosidade artística. Com a reabilitação do estilo barroco no século XX, voltou a ser reconhecido como um dos maiores escultores e arquitectos de todos os tempos.


As suas pinturas, conservam-se o "Martírio de são Maurício" (c. 1630), no Studio del Musaico, do Vaticano, e o auto-retrato na Galleria degli Uffizi em Florença. Vitima de uma apoplexia, Bernini morreu em Roma em 28 de Novembro de 1680.

Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil
Gian Lorenzo Bernini - O poder da Arte

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

Gian Lorenzo Bernini (continuação)

ARTE - A Escultura Barroca

As características principais desta nova corrente são o dinamismo, a monumentalidade, a expressividade, o naturalismo e o dramatismo. Os retratos de personagens são realistas e expressam os sentimentos e inclusive as paixões, e a utilização da perspectiva acentua o poder e a força da composição. Além dos retratos e do busto, observa-se a representação de imagens religiosas e de santos para a decoração de espaços interiores religiosos e palcianos ou no espaço exterior, como fontes e praças.
A escultura ornamental:
  • Os relevos ornamentais
  • A escultura de vulto redondo

A estatuária independente

A escultura laica

ARTE - A Pintura Barroca

Desenvolve a grandiciosidade, dinamismo, naturalismo, dramatismo e expressividade. A técnica da iluminação consiste no jogo entre luz e sombra que como veremos atingiu o apogeu na obra de Caravaggio, o chamado "tenebrismo" . A perspectiva favorece ou provoca o exagero do dramatismo e violência das cenas e a profundidade permite o desenvolvimento de uma decoração ilusória em que aparecem anjos em apoteose, paisagens e elementos arquitectónicos que completam as cenas, em particular na chamada pintura de tectos . Serão objecto de estudo específico entre outras as obras de Caravaggio, Rubens, Rembrant, Johannnes Vermmeer, Diogo Velázques, Francisco Zubarán.

ARTE - A Arquitectura Barroca

Utiliza como edificações de referência a Igreja e o Palácio. As plantas são formalmente complexas em forma elíptica e oval. As fachadas onduladas e com efeitos contrastantes na utilização dos jogos de luz. O mármore é o material nobre por excelência.

ARTE - Características Específicas da Arte Barroca

São o movimento, a sinuosidade, o exagero, a teatrialidade e o fausto. Os jogos de luz que se manifestam na representação das artes maiores, o desenvolvimento da profundidade que praticamente substitui a perspectiva em vários planos. A temática mitológica e religiosa, em que a figura humana desempenha um papel de protagonista, desenvolvendo-se o retrato e a natureza morta.

LOCAL - O Palácio de Versalhes

Principais características do monumento:

O Palácio de Versalhes é uma construção imponente e luxuosa situada na cidade de Versalhes (subúrbio de Paris - França).
O palácio começou ser construído nas primeiras décadas do século XVII. Em 1664, durante o governo de Luís XIV, foi finalizado.

Foi utilizado como centro do poder real francês durante o absolutismo.

Representava o grande poder económico e político da realeza francesa nos séculos XVII e XVIII.

Possui 700 quartos, 2 mil janelas e mais de 1000 lareiras. O parque que envolve o palácio têm, aproximadamente, 700 hectares.

No interior: é muito luxuoso, possui obras de arte, detalhes em ouro no tecto e paredes, lustres de cristal e pisos de mármore.

Foi transformado em museu no ano de 1837.

É considerado um dos maiores palácios do mundo.

É considerado Património Mundial da Unesco.

É um dos pontos turísticos mais visitados da Europa.
O Palácio de Versalhes

O Palácio de Versalhes (continuação)

O Palácio de Versalhes (continuação)

O Palácio de Versalhes (continuação)

ARTE- La cérémonie Turque. Le Bourgeois Gentilhomme (1670)


Resumo da História da Peça de teatro


Esta peça de teatro é uma sátira social mordaz às ambições de grandeza dos novos-ricos que ambicionavam aparentar aquilo que não eram. É composta por cinco actos, o sr.Jordão, encarna o papel de protagonista, faz-se rodear de professores de música, de dança, de filosofia e de esgrima e enamora-se da marquesa Dorimena, que tem um namorado fidalgo mas pobre, Dorante. Esta por sua vez aproveita os devaneios do sr.Jordão para lhe extorquir dinheiro. A sra.Jordão começa a desconfiar e a filha Lucília a desesperar por o pai impedir o seu casamento com Cleonte, que não é fidalgo. Covilhete, criado de Cleonte, com o apoio de Dorante e a colaboração da sra.Jordão, monta uCor do textom imbróglio, fazendo passar Cleonte pelo Grão-Turco- Mufti- para que se possa casar com Lucília.

Começa a cerimónia turca, um dos intermezzos do IV acto, onde o Sr.Jordão é feito Mamamuchi, um título digno, por entre bailados, cantares e linguajares “à turco”, executados por bailarinos turcos-dervis; é a apoteose da folie. No V acto, dá-se o casamento de Lucília com Cleonte e de Dorante com Dorimena e a história acaba com um banquete e o bailado das Nações. A música e os bailados na forma de intermezzos estão integrados na acção.

Personagens da peça:
Sr.Jordão (pai)
Dorimena (marquesa)
Dorante (fidalgo pobre)
Sra.Jordão (mãe)
Lucília (filha)
Cleonte
Covilhete
Mufti (grão-turco)
Dervis
Bailarinos

A parte musical desta peça de teatro, é da autoria de Jean-Baptiste Lully , violinista e bailarino que foi nomeado compositor de música do rei. Esta peça de teatro enquadra-se no género da comédie-ballet.







Jean-Baptiste Poquelin (1622-1673)



Jean-Baptiste Poquelin (Moliére), foi um dramaturgo, encenador e actor francês muito marcante na corte de Luis XIV, o seu patrono era Philippe I, Duke de Orléans, irmão de Luis XIV. É considerado um dos mestres fundamentais da comédia satírica, pois foi um profundo conhecedor dos defeitos do ser humano, criticava os costumes da época, e exortou o riso do público através dos seus retratos psicológicos dando a conhecer a sociedade da época através das personagens-tipo, criou o lema “ridendo castigat mores”.


A sua escrita revela um estilo expressivo que apresenta as liberdades da linguagem falada popular da época, acentua assim o grotesco, com um humor muito ousado e directo. É possuidor de uma graça espontânea, que vai desde os trocadilhos, aos escândalos, à maledicência em detrimento da oratória e da profundidade.

O controlo entre o público-destinatário e o poder que as suas peças exerciam sobre este, eram contornadas através da comicidade e do humor sagaz implementado pelos movimentos no palco, pelos cenários exuberantes e luxuosos, e pela fusão das diferentes artes (teatro, música, dança), esta panóplia de acontecimentos durante os actos, perturbavam a atenção focalizada do público somente nas críticas, o que fazia com que as peças fossem agradáveis. Este conjunto de elementos artísticos que despoletavam durante a peça de teatro, fazia com que estivessem presentes em palco um conjunto significativo de personagens.

A forma teatral que resultava deste conjunto de elementos, é o que hoje se denomina de teatro dentro do teatro, esta forma de fazer teatro foi criada por Molière, ou seja, os actores representam a peça, como se esta se trata-se de uma preparação prévia para o espectáculo e não como se esta fosse o espectáculo final.

ACONTECIMENTO - Revolução Científica

Isaac Newton (1643-1727)



Isaac Newton nasceu em Londres, no ano de 1643, e viveu até o ano de 1727. Cientista, químico, físico, mecânico e matemático, trabalhou junto com Leibniz na elaboração do cálculo infinitesimal. Durante sua trajetória, ele descobriu várias leis da física, entre elas, a lei da gravidade.



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Vida e realizações



Este cientista inglês, que foi um dos principais precursores do Iluminismo, criou o binômio de Newton, e, fez ainda, outras descobertas importantes para a ciência. Quatro de suas principais descobertas foram realizadas em sua casa, isto ocorreu no ano de 1665, período em que a Universidade de Cambridge foi obrigada a fechar suas portas por causa da peste que se alastrava por toda a Europa. Na fazenda onde morava, o jovem e brilhante estudante realizou descobertas que mudaram o rumo da ciência: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores.
Dentre muitas de suas realizações escreveu e publicou obras que contribuíram significativamente com a matemática e com a física. Além disso, escreveu também sobre química, alquimia, cronologia e teologia.
Newton sempre esteve envolvido com questões filosóficas, religiosas e teológicas e também com a alquimia e suas obras mostravam claramente seu conhecimento a respeito destes assuntos. Devido a sua modéstia, não foi fácil convencê-lo a escrever o livro Principia, considerado uma das obras científicas mais importantes do mundo.
Newton tinha um temperamento tranqüilo e era uma pessoa bastante modesta. Ele se dedicava muito ao seu trabalho e muitas vezes deixava até de se alimentar e também de dormir por causa disso. Além de todas as descobertas que ele fez, acredita-se que ocorreram muitas outras que não foram anotadas.
Diante de todas as suas descobertas, que, sem sombra de dúvida, contribuíram e também ampliaram os horizontes da ciência, este cientista brilhante acreditava que ainda havia muito a se descobrir. E, em 1727, morreu após uma vida de grandes descobertas e realizações.








Galileu Galilei (1564-1642)



Galileu Galilei foi Físico, Matemático e astrónomo Italiano, descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da Inércia. Por pouco Galileo não seguiu a carreira artística. Um de seus primeiros mestres, d. Orazio Morandi, tentou estimulá-lo a partir da coincidência de datas com Michelângelo (que havia morrido três dias depois de seu nascimento). Seu pai queria que fosse médico, então desembarcou no porto de Pisa para seguir essa profissão. Mas era um péssimo aluno e só pensava em fazer experiências físicas (que, na época, era considerada uma ciência de sonhadores).



Aristóteles era o único que havia descoberto algo sobre a Física, ninguém o contestava, até surgir Galileu. Foi nessa época que descobriu como fazer a balança hidrostática, que originaria o relógio de pêndulo. A partir de um folheto construiu a primeira luneta astronômica em Veneza. Fez observações da Via Láctea a partir de 1610 que o levaram a adotar o sistema de Copérnico.

Pressionado pela Igreja, foi para Florença, aonde concluiu com seus estudos que o Centro Planetário era o Sol e não a Terra, essa girava ao redor dele como todos os planetas. Foi condenado pela inquisição e teve que negar tudo no tribunal. Colocou em discussão muitas ideias do filósofo grego Aristóteles, entre elas o fato de que os corpos pesados caem mais rápido que os leves, com a famosa história de que havia subido na torre de Pisa e lançado dois objectos do alto.

Essa história nunca foi confirmada, mas Galileu provou que objectos leves e pesados caem com a mesma velocidade. Ao sair do tribunal, disse uma frase célebre: "Epur si Muove!", traduzindo, " e com tudo ela se move ". Morreu cego e condenado pela igreja, longe do convívio público. 341 anos após a sua morte, em 1983, a mesma igreja, revendo o processo, decidiu pela sua absolvição.



Principais Realizações



A Luneta Astronómica, com a qual descobriu, entre outras coisas, as montanhas da Lua, os satélites de Júpiter, as manchas solares, e, principalmente, os planetas ainda não conhecidos.
A balança hidrostática
O compasso geométrico e militar
Foi o primeiro a contestar as ideias de Aristóteles
Descobriu que a massa não influi na velocidade da queda.


Texto Retirado:http://www.fortunecity.com/tatooine/servalan/272/galileu.htm


ACONTECIMENTO- Mística e Cerimoniais

A religião e o Cerimonial Religioso

Mística, rituais e práticas sociais
















Por: Prof. José Couto

LOCAL - Os Palcos

Durante o Barroco a encenação e o espectáculo eram pernanentes... e os palcos eram diversos.

A igreja- Placo de cerimónias religiosas e de veneração de figuras religiosas.

A academia- Palco de orações de sapiência e da edição de publicações científicas ou culturais.

A corte- Palco de recepções, cerimónias, cortejos e festas faustosas.

A festa- Placo de representações, das tragédias, comédias, autos sacramentais, concertos e ópera.

ACONTECIMENTO - Tratado de Utrecht (1713)

Tratado de Utrecht

O tratado de Utrecht, foi o documento que, em 1713, na cidade de Utrecht, nos Paises Baixos, pôs fim à guerra da sucessão espanhola (1701-1714), na qual entraram em conflito interesses de várias potências europeias.

O trono da Espanha era pretendido por Filipe d'Anjou, neto do rei francês Luís XIV, e por Carlos, da casa da Áustria. As negociações se abriram em 29 de Janeiro de 1712, mas só em 11 de Abril de 1713 foram assinados os principais acordos, dos quaiso último é de 1714.

Esta disputa sucedeu-se, quando Carlos II de Espanha (1665-1700) morreu sem deixar descendência. Duas semanas antes de morrer, Carlos II tinha elaborado um segundo testamento, no qual declarava Filipe de Anjou (neto de Luís XIV) seu pleno sucessor.

O rei Luís XIV, representando o seu neto, aceitou a herança que, lhe possibilitava dominar os Países Baixos Espanhóis, para alémde lhe abrir a condição de colocar todo o império espanhol sob sua autoridade. Esta sucessão foi de imediato contrariada pelo príncipe eleitor da Baviera, José Fernando, que se encontrava em igualdade de circunstâncias com o neto d Luís XIV na linha de sucessão. Pelo número de países envolvidos e pela extensão das frentes de batalha em terra e no mar, esta guerra foi considerada a primeira revolução mundial da Idade Moderna.

As discussões, inicialmente, privilegiou os exércitos franceses, mas, após 1704, começaram a assinalar derrotas que se aglomeraram significativamente depois de 1708-09. A partir de 1711, a diplomacia francesa desencadeou tentativas para a negociação da paz. O acordo final ocorreu na cidade de Utreque, na Holanda, em 1713. O tratado, foi posteriormente, rematado pelos tratados de Rastatt (1714) e de Baden (1714), que estenderam as cláusulas do primeiro a todo o Sacro Império e pelo Tratado da Barreira (1715) que, regularizou as relações entre a Holanda e os países Baixos Meridionais.

Com estes acordos, a herança dos Habsburgos espanhóis foi repartida. E com os Tratados de Utreque a geografia política da Europa ficou alterada, pondo limite ao domínio exercido pela França.






Alegoria da Paz de Utrecht

ESPAÇO- Europa da Corte

A Europa da Corte. O modelo de Versalhes

A corte era considerada o lugar onde se reuniam um círculo de pessoas que cercavam um grande senhor (príncipe, bispo, aristocrata…), nesse circulo de convívio, se reuniam a família, a criadagem, os homens de armas e outros que para ele trabalhavam e, ainda, outros grupos sociais como embaixadores, diplomatas, artistas e literatos, todos denominados cortesãos.

A grande corte régia, surgiu associada às tendências absolutistas do Antigo Regime, feita à semelhança da do rei Luís XIV, que a partir do seu palácio estabeleceu as vassalagens sociais da aristocracia através de um código de comportamento e de etiqueta, orientando-a para a obediência e culto à pessoa do rei, através de cerimónias e rituais próprios.
Através da troca de serviços e de subserviência, o rei concedia a esta sociedade pensões, cargos, doações e favores de vária ordem.
Assim, os nobres cortesãos faziam tudo para se tornarem prezados, disputando favores ou um simples olhar, pois todos ambicionavam um lugar o mais próximo possível do rei.

A corte, símbolo do poder real, exibiu luxo e pompa, um ambiente requintado de aparência sedutora que nutria uma nobreza acrítica, fútil e sem profissão, que ocupada por uma vertigem de diversões: festas e bailes galantes, sessões de leitura, representações teatrais com o ballet de cour, cerimónias e jogos esplendorosos, paradas, caçadas e coloridos torneios.
Avassalada pelas regras de etiqueta, a nobreza subsistia sentindo-se membro da casa real mas, vingando-se numa libertinagem de relações, escândalos e intrigas que contribuíam, muitas vezes, para a sua ascensão e/ou queda. Os homens pretensiosos e empoados, vestidos de sedas e ricamente adornados de laços, fivelas e diamantes, calçados com sapatos de tacão alto e acompanhados pelas suas belas damas, mais excêntricas ainda, cobertas de pó-de-arroz e perfumes, povoavam a corte e eram copiados pelos demais.

O palácio de Versalhes, apreciada como a cidade dos ricos, foi o cenário físico da obra de Luís XIV. Universalmente admirado albergou, e 1744, 10 000 habitantes.
Embora construído dentro do espírito barroco (fachadas, jardins, espelhos de água, pavilhões, terraços, cenários teatrais), é igualmente uma fortificação do classicismo pela regularidade, harmonia e simetria das suas formas.

TEMPO - Guerra dos Trinta Anos ao final do reinado de Luís XIV

A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) iniciou-se na região da Boémia, no Sacro Império Romano Germânico, em 1618, envolvendo luteranos e católicos. Os séculos XVI e XVII na Europa foram marcados por "guerras de religião", que na verdade traduzem as diversas disputas políticas e os interesses económicos existentes.

A Europa do século XVII encontrava-se numa nova configuração onde várias nações tinham o interesse em ampliar seus poderes na Europa , através de conquistas de novos mercados e territórios. Contudo, o despertar da concorrência entre as várias monarquias centralizadas, acentes entre a Idade Média e a Idade Moderna, provocou vários conflitos e guerras. Foi nesse contexto que observamos a ocorrência da Guerra dos Trinta Anos, desenvolvida entre 1618 e 1648.














Morte de Gustavo Adolfo na Batalha de Lutzen



Cronologia dos Principais Eventos


1618 a 1620: Foi derrotada uma revolta na Boêmia contra a regência da Áustria. Ainda assim, alguns príncipes protestantes continuaram a sua luta contra a Áustria;

1625 a 1627: A Dinamarca entra na guerra ao lado dos protestantes;
1630: O rei Gustavo Adolfo da Suécia intervém ao lado dos protestantes, invadindo o Norte da Alemanha;

1631: O comandante das forças católicas, Tilly, ataca Magdeburgo;

1632: Tilly foi derrotado em Breitenfeld e no rio Lech, tendo sido morto. O general alemão Wallenstein foi derrotado na batalha de Lützen, onde Gustavo Adolfo morreu;

1634: Quando os suecos foram derrotados em Nördlingen, Richelieu fez com que a França entrasse na guerra com o objetivo de infligir várias derrotas à Espanha, aliada da Áustria. Wallenstein é assassinado.

1648: A Paz de Vestefália deu a Alsácia-Lorena à França e algumas províncias bálticas à Suécia, tendo a autoridade imperial na Alemanha ficado a ser apenas nominal. Os exércitos mercenários de Wallenstein, Tilly e Mansfeld devastaram a Alemanha.

BIOGRAFIA - Luís XIV (1638-1715)

· Actuação política, económica e social


Desde que assumiu o governo, Luís XIV procurou fazer da figura do rei uma questão incontestável, tendo para tal limitado os poderes da aristocracia, suprimido as atribuições do Parlamento e transferido a corte para Versalhes. Este palácio tornou-se símbolo do Estado absoluto: aí a vida da corte passou a girar em torno da figura do monarca, concebida como uma peça teatral, enquanto a vida do rei se converteu num mito e qualquer aparição pública sua numa cerimónia.
Luís XIV tomou medidas para reforçar a solidez do Estado e a coesão nacional, impondo a unidade da fé católica e proibindo qualquer outro credo. A economia foi colocada ao serviço do rei e dos seus gastos pessoais, num processo que o levou a deter um poder absoluto e a confundir a sua pessoa com o Estado (“O Estado sou eu”).
Ao procurar fazer da França uma potência hegemónica no contexto europeu, Luís XIV conduziu-a a guerras contínuas contra a Espanha, a Holanda, o Império Austríaco e os príncipes alemães, que delapidaram os cofres do Estado e deixaram o país arruinado.

· Actuação no domínio cultural

Luís XIV desenvolveu uma política de protecção às artes, às letras e às ciências, fomentando a produção artística e a investigação, o que levou à criação das Academias.
Ainda no domínio cultural, patrocinou os “Ballets de cour” – bailados que ensinavam as técnicas de dança e também as regras da etiqueta social, e, depois, as “Comédies-ballet” de Molière – espectáculos que se traduziam numa autêntica fusão das artes (teatro, música, dança).
Para este monarca a música e as artes foram armas políticas tão poderosas como os seus navios de guerra, tendo levado longe a associação da sua imagem às mais efémeras das artes – a música e a dança. Estas não eram apenas um divertimento cortesão ou edificação do espírito, mas a ritualização da política, representação de uma imagem e legitimação simbólica do poder. Daí que essas artes, a par do teatro e da ópera, fossem uma presença constante no dia-a-dia da sua corte.

Texto: Prof. José Couto


Luís XIV


MÚSICA - "200 Anos de Música em Versalhes, uma viagem ao coração do Francês Barroco"


A colectânea “200 Years of Music at Versailles, a Journey to the Heart of French Baroque” é um trajecto na musica desde os primórdios do período barroco das artes musicais francesas, passando pelos reinados de Luís XIII, Luís XIV, Luís XV e Luís XVI, e cessando no iluminismo.
Trata-se uma Espaçosa amostra da obra musical da época e um comovente elenco compositores.
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É composta por 20 CD's:
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Vol. 01 - The Salons of the 'Précieux' at the Beginning of the Baroque Period
Vol.02 - Court Music at the Time of Louis XIII
Vol. 03 - Lully, the Father of French Opera
Vol.04 - Lully and his Successors at the Académie Royale de Musique
Vol.05 - Concerts and Symphonies for the King
Vol.06 - The Triumph of Religious Expression in Baroque Music
Vol.07 - The Royal Chapel at the Time of Louis XIV
Vol.08 - Masses and Motets for the Parishes
Vol.09 - Rameau at the Académie Royale de Musique
Vol.10 - Divertissement for Louis XV, the Well Beloved
Vol.11 - Divertissement for the Théâtre des Petits-Appartements
Vol.12 - At the Concert Spirituel
Vol.13 - The Royal Chapel at the Time of Louis XV
Vol. 14 - The French Orchestral Revival
Vol. 15 - Italians at the French Court
Vol. 16 - French Opera on the Threshold of Romanticism
Vol. 17 - The Rise of the French Symphony
Vol. 18 - The Early Days of the Pianoforte
Vol. 19 - The Salons of Versailles at the Time of the Enlightenment
Vol. 20 - New Aspects of Sacred Music at the Time of Louis XVI
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Acesso aos volumes através dos arquivos do MediaFire, clique aqui.

MÚSICA - "Le Roi Danse." Música do Compositor Jean-Baptiste Lully

Jean-Baptiste Lully (1632-1687)




O seu nome original era, Giovanni Battista Lulli nasceu em Florença em 1632 e faleceu em Paris no ano de 1687. Passou grande parte da sua vida trabalhado na corte do Rei Luís XIV. o seu estilo de composição foi sobejamente reproduzido por toda a Europa.
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"Marcha Para a Cerimónia dos Turcos" Clique

"Sinfonia / Reinhard Goebel & Antiqua Köl" Clique
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"Marcha Real" Clique
Jean-Baptiste Lully

rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr"Marcha dos mosqueteiros" Cliquerrrrrrrrrrrrrr
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrss"Le Bourgeois Gentilhomme" Clique

Criou o primeiro género comédia-ballet, a peça O Burguês Fidalgo titulo original Le Bourgeois Gentilhomme em 1670, com Molière





Excerto do Filme "le Roi Danse", com musica do compositor Lully

ESPAÇO - A Corte do Rei Sol Luís XIV

Após a morte do Rei Luís XIV, Voltaire comentou,"E apesar de tudo o que se escreveu sobre ele, o seu nome nunca será pronunciado sem respeito e sem se evocar toda uma época que perdurará eternamente na memória".

Retirado da obra de Voltaire, Le siécle de Louis XIV, (1751)

Voltaire foi historiógrafo da corte de Luís XV, durante 5 anos estudou a época de Luis XIV. Na sua obra, Le siécle de Louis XIV, podemos ler o quanto exalta o cuidado do Rei Sol pelas artes e pelas Ciências.


A Europa do Rei Sol


http://www.youtube.com/watch?v=ogIvQxAFt18




Rei Sol



François Marie Arouet, o Voltaire(1694 - 1778)



Representou para a palavra escrita o que Leonardo da Vinci significou para a arte e engenharia. Ele tanto escreveu ficção como não-ficção num estilo espirituoso, porém polido, e também foi respeitado como filósofo e cientista, além de ensinar literatura para Frederico, o Grande.

Filósofo iluminista francês nascido em Paris, um dos mais influentes da história e famoso por criticar violentamente a Igreja e a intolerância religiosa, tornando-se o símbolo da liberdade de pensamento.
Filho de abastada família burguesa, estudou leis com os
jesuítas no Colégio Louis-le-Grand em Paris, e tornou-se escritor.

Membro da Société du Temple, de libertinos e livres-pensadores, foi prisioneiro da Bastilha por 11 meses (1717-1718) como responsável por um panfleto satírico, embora alegasse inocência, período onde escreveu a tragédia Oedipe (1718), cujo sucesso o consagrou nos meios intelectuais.
Por desentendimentos com o influente duque de Rohan-Chabot, exilou-se na Inglaterra (1726-1729) e, de volta a França, escreveu o seu mais famoso livro, Lettres philosophiques ou Lettres sur les anglais (1734), um conjunto de "cartas" sobre os ingleses, nas quais fazia espirituosas comparações entre a liberdade inglesa e o atraso da França absolutista, clerical e obsoleta.
Com o livro condenado pelas autoridades, refugiou-se no castelo de Cirey, e aí passou dez anos com sua amante, a marquesa du Châtelet.


Voltou a Paris (1744), foi eleito para a Academia Francesa (1746) e introduzido por Madame de Pompadour na corte.
Recuperado na corte tornou-se historiador real (1750) e esteve a convite na corte de Frederico II, o Grande, da Prússia, na corte de Potsdam (1750-1753), de onde saiu após depois de um atrito com o rei.
Voltando à França fez grandes negócios, inclusive especulações na bolsa, e estabelecido próximo a Genebra (1755), onde posteriormente comprou o castelo e a fazenda de Ferney (1758), onde instalou uma fábrica de tecidos e outra de relógios, e aí ficou até o fim da vida, tornando-se muito rico, inclusive ao morrer, tinha uma renda anual de 350.000 libras.


Iniciou seus escritos anti-religiosos (1762) e retornou de Ferney para Paris como uma celebridade (1778), onde suas idéias tornaram-se influentes para a origem da Revolução Francesa.
Defendeu a burguesia contra a aristocracia feudal e, embora detestasse a Igreja Católica e quaisquer formas de intolerância, não era ateu.
Sua obra literária foi composta essencialmente de peças teatrais como Zaïre (1732) e Alzire (1736), livros de história A Histoire de Charles XII (1731I), Le Siècle de Louis XIV (1751) e Essai sur les moeurs et l'esprit des nations (1756), o dicionário Dictionnaire philosophique(1764) e os romances ou contos filosóficos Zadig (1747), Micromégas (1752) e Candide (1759), considerada sua obra-prima.


Texto retirado: http://www.dec.ufcg.edu.br/

Livros e Filmes


Filme: Maria Antonietta

Filme:Le Roi Dance

Filme: O poder da arte

Filme: A Rapariga com Brinco de Pérola

Livro: Burguês Fidalgo/Sganarelo Autor: Molière